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feel the pages

uma fangirl obsessiva compulsiva opina e partilha a sua experiência sobre livros de ficção

The Mortal Instruments - filme

Mais uma vez cá vos trago uma revisão, não de livros, desta vez nem de trailers, mas sim do filme da Cidade dos Ossos. Fica o trailer antes da quebra, para quem ainda não viu (NÃO VEJAM!).

 

Deixem-me começar por dizer que eu não sou uma daquelas pessoas que diz sempre que "o livro era melhor", mesmo quando gostaram do filme; consigo julgar um livro e a sua adaptação para o cinema de forma diferente. O que aconteceu com o TMI foi de que, mesmo tendo uma grande produção, faltava desenvolvimento da história. No que toca a adaptações cinematográficas de livros, penso que o enredo essencial do romance deve ser seguido.

Não sei se foi só comigo, mas senti que estava tudo muito apressado, uma cena passava a outra muito rapidamente, e até eu que li os livros me senti um pouco confusa de vez em quando.

 

O que mais me surpreendeu foi o facto de grande quantidade de detalhes cruciais e cenas serem cortadas e um monte de 'non-sense' ser adicionado em seu lugar. Não havia nada de mal com a adição de novas cenas,  estava tudo bem, mas existem algumas coisas que as pessoas precisam saber para compreender os próximos filmes (ou o filme decorrente).

 

 

 

 

 

Vou dizer-vos algumas das coisas que me fizeram dizer 'WTF?' no meio do cinema: o Simon não foi transformado em rato, e nem foi a Isabelle que lhe deu a bebida; eles não explicam a história de Dorothea; não foram explicadas algumas informações MESMO importantes sobre os shadowhunters, como o que é um steele e quais são os nomes das runas e qual o seu efeito quando aplicadas e o que m*rda são os instrumentos mortais (por que raio não se explica isso quando o título do filme é Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos?); não introduziram o Santiago, líder dos vampiros; não foi explicada a hierarquia dos demónios. As pessoas que não leram os livros não chegaram a saber que o demónio que atacou a Clary não era o mesmo tipo de demónio que estava vestido de policia nem o mesmo tipo que o Jace e os Lightwoods mataram no clube. Podia continuar, mas não vou. Ok, alguns pormenores são realmente estúpidos e não valia a pena serem notados, mas existem outros que têm um lugar na história, e isso incomodou-me mais do que eu gostaria de admitir (houve uma altura em que pensei que estava a assistir a fanfiction em vez da adaptação do livro).

 

Por este andar, devem estar a pensar que este filme é um monte de nhanha. Ou a insultar-me. De qualquer forma, você deve saber que eu até gostei de algumas coisas (sim, no meio de toda a minha desilusão, encontrei algumas coisas que gosto!): adorei, ADOREI, a arquitectura do instituto, era muito mais bonita do que eu tinha imaginado e fez todo o sentido; a poesia de Eric, oh god, aquilo foi mesmo horrível (e isso foi bom); os comentários sarcásticos do Jace e do Simon foram surpreendentes; as cenas de acção foram de morrer! A produção concentrou-se muito na cena de matar demónios, foi sem dúvida dada muita atenção a estas cenas, provavelmente mais do no resto, mas valeu a pena, porque foi demais. Sabem quando estão a ver cenas de luta que são épicas mas não parecem fantochada? Foram estas! Mais coisas que eu gostei: as armas, a witchlight, as cartas de tarot... Todo tipo de adereços era muito detalhado e pensado (mas, honestamente, as gajas a lutar de botas de salto alto sem cair? Por favor...).

 

Quanto à representação? Uau! Fiquei tão surpreendida com alguns deles. A Jemima fez uma Isabelle fantástica. Eu não sou grande fã da Isabelle, e do trailer do filme consegui perceber que se calhar iam fazê-la mais arrogante e sarcástica (e oferecida) do que ela realmente é, mas estava errada. Gostei desta Isabelle, não era tão fria e má (só um bocadinho xD). O Robert Sheehan, omg este homem... DEU UM SIMON PERFEITO! Eu estava tão relutante em aceitá-lo como Simon, mas foi uma surpresa fantástica! E o Kevin! Só me apetecia dar-lhe um soco na cara e gritar com ele, como fiz com o Alec do livro, mas depois queria abraçá-lo por gostar do Jace e a cena do amor impossível (fiquei muito satisfeita com as cenas em que mostraram o Alec a olhar para o Jace da forma que um parabatai olharia e depois num "eu amo-te mais que um parabatai - outra coisa, nem explicaram o que são parabatai!). O Godfrey, oh senhor, nem me digam nada. A voz e o sotaque eram muito melhor que eu esperava, e fez com que todas aquelas purpurinas e maquilhagem (e sem calças!) parecesse uma coisa normal para um bruxo eloquente, e não apenas alguma coisa que um gay mais cintilante faria.

Para terminar esta review que está maior do que eu queria, quero dizer que estou passada da marmita pelo Church e o Presidente Miau não terem feito nem sequer uma aparição, nem foram sequer mencionados!

 

Conclusão: independentemente do facto de terem ou não lido os livros, é um filme que entretêm o público. No entanto, na minha opinião, se não leram os livros, provavelmente devem tentar aprender algumas coisas do universo shadowhunter primeiro (têm a wikia dos shadowhunter na barra lateral), caso contrário, não vão entender metade da história. Se leram... Vejam os menos para comparar as coisas que imaginaram com as coisas que a Cassandra aprovou para serem passadas no grande ecrã.

A minha avaliação final é 3 em 5 estrelas, só porque perderam um monte de tópicos importantes, mas mesmo assim criaram um grande blockbuster com efeitos especiais excelentes.