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feel the pages

uma fangirl obsessiva compulsiva opina e partilha a sua experiência sobre livros de ficção

Opal

 

Autor: Jennifer L. Armentrout

Sem Lançamento em Portugal aquando da Revisão

Status: Abandonado


Sinopse:

No one is like Daemon Black. When he set out to prove his feelings for me, he wasn’t fooling around. Doubting him isn’t something I’ll do again, and now that we’ve made it through the rough patches, well... There’s a lot of spontaneous combustion going on. But even he can’t protect his family from the danger of trying to free those they love. After everything, I’m no longer the same Katy. I’m different... And I’m not sure what that will mean in the end. When each step we take in discovering the truth puts us in the path of the secret organization responsible for torturing and testing hybrids, the more I realize there is no end to what I’m capable of. The death of someone close still lingers, help comes from the most unlikely source, and friends will become the deadliest of enemies, but we won’t turn back. Even if the outcome will shatter our worlds forever. Together we’re stronger... and they know it.

 

Opinião:

Alguma vez havia de ter de ser a minha primeira, não é verdade? Alguma vez haveria de existir uma série que eu não gostasse e não compreendesse porque é que anda toda a gente com as hormonas as saltos. Alguma vez havia de me irritar tanto, de revirar tanto os olhos, que só desse na desistência do livro quando ainda nem a meio tinha chegado.

 




Não sou uma pessoa que normalmente desista de ler um livro; posso estar menos interessada, mas faço sempre um esforço. A partir do momento em que estou completamente apática a ler qualquer coisa que seja, temos então um problema. Que é o que se passa comigo e com esta série. Em 2 livros e um quarto do terceiro, não me consegui conectar a nenhuma personagem, não me importa o que acontece com elas, cada vez que penso que tenho de ir ler só me apetece vomitar (não literalmente)... Enfim, um desastre. O primeiro livro não foi mau de todo mas também não foi brilhante, tendo em conta que foi o primeiro de uma série, o que normalmente acontece. O segundo foi menos bom que o primeiro; aliás, muito pior. Fui ler o terceiro na esperança que algo mudasse, o que não aconteceu. 

Honestamente, não sei se é pelas capas serem horrendas ou não sei, eu tinha imensas expectativas para esta série, IMENSAS, e desabaram todas por um penhasco. Eu andava a ler A Rapariga que Roubava Livros em pulgas para passar para esta série, porque a maioria das pessoas no Goodreads tinha uma classificação de mais de 4 estrelas. E agora eu pergunto-me, será que sou eu que estou a mudar e estas histórinhas YA já não servem para mim? Espero bem que não. Mas passemos à minha explicação e crítica em relação aos 3 livros que me passaram pelos olhos, que isto não é só dizer que não gosto sem fundamento:

- Os vilões: Apercebi-me disso neste último livro e depois de, na minha cabeça, comparar com o anterior, percebi que foram concebidos na mesma ideia completamente errada sobre pessoas que têm este tipo de comportamentos. No Opal, o Blake volta lá para a escolinha do não sei quê (a história é tão interessante que eu nem sei o nome da terrinha), com uma atitude toda swagger e boss, arrogante e chantageante. Até aqui tudo bem, não fosse depois, quando está a falar com a Katy a sós, falar como se fosse ele a vítima, a dizer que não queria que nada do que se está a passar acontecesse e que tem muita pena. Que raio...? Eu compreendo que existem antagonistas que se tornam vilões por cometerem acções erradas por motivos emocionais, ok. O problema é que, e embora o Blake pudesse ser um psicopata bipolar, isso não é explicado, não é descrito, e por isso para mim não existe. E esta explicação aplica-se também ao Dr. Michaels, que tão depressa estava a falar como se fosse o dono do mundo e depois já estava a dizer à Katy que não queria que nada daquilo acontecesse e que não queria mal à mãe dela. Estas acções sem intuito e explicação por trás não dão com nada, são completamente ridículas e não formam personagens credíveis.

 

- A Katy: oh god, por onde começar? Esta miúda irrita-me solenemente. O discurso que ela usa é infantil e mais uma vez ridículo (tenho a sensação que esta vai ser a palavra de ordem nesta revisão). Uma das muitas situações que me chamou a atenção foi, já não sei em que livro, que isto para mim é tudo um desfoque total, afirmou que disse um palavrão; umas linhas mais à frente sentiu-se surpreendida e diz 'Holy Monkeys' (uma coisa deste género). Quem, QUEM, é que faz isto? Nem toda a gente tem de andar a largar bombas a toda a hora, mas uma pessoas que, supúnhamos, diz 'porra' numa situação não vai dizer 'ora bola carambolas' noutra. Lá está uma das incoerências com esta personagem. Outra é o facto de ela ser supostamente bookworm. A descrição de que ela tem livros por todo o lado e que mantem um blog não faz dela amante e livros, porque estas cenas são encaixadas aqui e ali no meio de nenhures na história. A única vez que a vi a ter um comportamento de bookworm foi quando ela gravou o vídeo com o Daemon, porque houve descrição detalhada desse momento. As coisas têm de ser apresentadas e fazerem parte da história e não colocadas ao calhas só para dar o ar da sua graça.  

 

- As interacções pessoais: este é sem sombra de dúvidas o problema maior desta série. Nada é verosímil nesta história. Começo a acreditar que é tudo bipolar e a história não passa de um delírio num manicómio perdido no além. Das últimas pérolas é a cena em que a Katy sabe, miraculosamente, que a empregada do restaurantezinho é Luxen. Sabem qual é a justificação dela? É bonita de mais para ser humana. WHAT? Então agora as pessoas não têm direito á beleza, têm de ser logo aliens? Acrescentando a isto, está a relação entre ela e os gémeos Black: com o Daemon tão depressa está bem e depois está mal, a Dee no Onyx disse que ela não teve culpa do Adam ter sido assassinado, mas neste livro já anda com os irmãos dele (que ela sempre desprezou) e culpa a Katy de tudo o que aconteceu, dizendo que se ela não tivesse ido lá para a terrinha, nada tinha acontecido. Esquece-se é que foi ela que andava atrás da Katy como uma pulga presa a um animal de sangue quente.

 

Como leitora, considero a leitura desta série um falhanço completo. Tinha imenso potencial, até porque como já tenho vindo a dizer, o componente cientifico e alienígena está muito original e bem construído, mas a história perde-se em acções sem motivo (pelo menos não são explicados e não são perceptíveis ao leitor), em relações interpessoais vindas de um livro para crianças com menos de 5 anos e com um romance que não é nada de mais. Mas não se vão por mim e façam vocês próprios os vossos juízos, porque pelos vistos existe imensa gente a adorar esta série.