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feel the pages

uma fangirl obsessiva compulsiva opina e partilha a sua experiência sobre livros de ficção

Direitos de Sangue (Blood Rights)

 

 

Autora: Kristen Painter

Edição Portuguesa: Edições Asa

 

Sinopse

Chrysabelle esconde no corpo as marcas douradas e os segredos das comarré - uma raça especial de humanos criada para alimentar a elite de vampiros nobres com o seu sangue rico e poderoso. O destino dela está traçado desde sempre: servir incondicionalmente o seu patrono. Mas quando este é assassinado, a vida de Chrysabelle muda por completo. Finalmente pode ser livre, um sonho que nunca se permitira ter e que depressa se transforma num pesadelo. Ela é a principal suspeita do crime e do roubo de um anel mágico. O anel que a ambiciosa Tatiana está decidida a recuperar, custe o que custar. Chrysabelle atravessa o Atlântico para provar a sua inocência, e nesta demanda o seu caminho cruza-se com o de Malkolm, um poderoso e irresistível vampiro que foi renegado e alvo de uma maldição. Ambos tentam combater a inegável atração que os une. Mas o tempo urge. Ambos têm de unir esforços para travar os planos de Tatiana, que pretende acabar com o mundo tal como eles o conhecem e fundar um reino de trevas. Direitos de Sangue é o primeiro volume da série Casa das Comarré e um best-seller internacional.

 

Opinião

Honestamente, estou dividida. Quando vi pela primeira vez este livro, fiquei estupeficada com a beleza da capa e desde então só queria lê-lo (e ao resto da série), ainda para mais quando diz que é para os fãs de J.R. Ward (eu já devia ter aprendido a não confiar nas opiniões que vêem nas capas, mas às vezes ainda sou tola). Mas eu sentia que alguma coisa não estava bem, e então pus-me à pesquisa de revisões. E foi aqui que caiu o carmo e a trindade.

 




Eu percebo que o género fantasia paranormal não seja adequado a toda a gente. Vi algumas revisões positivas (portuguesas), mas a maioria eram negativas. Ok, tudo bem, cada um tem a sua opinião, respeito isso. Agora criticarem, como eu vi, os aspectos paranormais e fantásticos do livro, dizerem que desde o Crepúsculo que os livros YA, com expectativas erradas da realidade e tudo mais, se amarraram de unhas e dentes ao mercado literário em Portugal, só à chapada! Primeiro, A Casa das Comarré não é YA, logo aí se vê o quão informada esta gente anda. Depois o criticar o desenrolar da história como se não tivessem lido o livro até ao fim. E mesmo que não tivessem, lá está o que eu digo, o género paranormal não é para toda a gente; é claro que vai haver sempre excepções às regras estabelecidas, ainda para mais quando neste livro se fala tanto do que a nobreza é capaz de fazer por poder. Por último mas não menos importante, estamos num ROMANCE paranormal; pus em Caps Lock porque começam logo a criticar que agora é tudo como o Twilight e há um gajo mau super atormentado e uma menina linda que o quer ajudar e os destinos cruzam-se e eles apaixonam-se. Estavam à espera do quê num ROMANCE? Este tipo de livros é claramente escrito para mulheres. Se não concordam com o estilo dado, talvez estivesse na altura de pesquisarem um pouquinho antes de pegarem num livros ou então procurarem alguma coisa menos direccionada com o amor. (se os envolvidos lerem esta revisão, peço que leiam até ao fim antes de começarem a disparatar, obrigadinha bom dia até nunca)

Já passada dos 'nerves', decidi então pegar no livro com um olhar mais critico, a fim de contrariar estas opiniões. E comecei em altas! Os primeiros capítulos são muito estimulantes para quem está à espera de muita intriga e reviravolta. Lá andava eu toda feliz até ficar com uma gastrite, e a vontade de ler foi-se-me toda. Depois, não sei se foram as consequências da doença, perdi todo o entusiasmo que tinha pelo livro. Lia um capítulo por dia, ás vezes com mais interesse do que noutras, e assim estiquei o livros por mês e meio (é eu também estou espantada). E agora nos capítulos finais é que estava a voltar a ficar encantada com o enredo e puff! Não sei se estão a perceber, mas nos últimos 5 capítulos fazem-se descobertas de ficar com os cabelos em pé (ok, not really, mas são fixes), que teriam tanto potencial para serem exploradas nos volumes seguintes, e depois BAMPF! acaba tudo às 3 pancadas e o 'oh god e agora' que se produziu na minha cabecinha não foi daqueles 'omg e agora tenho de ir já ler o que vem a seguir' e mais do género 'omg acabou assim que raio vão eles fazer no segundo livro'.

De um modo geral, não posso afirmar que tenha sido uma experiência tão horrível quanto isso. Apesar de não me ter ligado às personagens da maneira que me conectei com as do Dark Lover (é inevitável a comparação com os livros da J.R. Ward quando andei convencida que iriam ser semelhantes pelo que dizia na capa), até estava a gostar do enredo que estavam a seguir. Algumas incongruências, sem dúvida, mas não deixou de ser agradável. Sinto que a linha essencial da história estava muito bem pensada, e que a história tinha potencial para andar para tão mais longe, mas a autora acabou por se perder muito com coisas que se calhar não tinham tanta importância para a história e deixa os leitores pendurados no final, porque revela informações bombásticas, mas a maioria delas morre ali (literalmente), porque depois já não se pode desenvolver. É claro que não li os livros seguintes (apesar de ter ido procurar revisões para ver se valia a pena enredar novamente pelas Comarré), não sei se de facto não iram desenvolver aquilo que despejaram no final do Direitos de Sangue, mas para tenho livros aos quais tenho mais vontade de me dedicar, e por isso para já fico por aqui, mas não perdem pela demora, que eu quero saber o desfecho desta história! (basicamente, se o Mal fica sem a maldição e se a Chrysabelle fica com ele :3)